giovedì 15 febbraio 2018

PR 24 FEBBRAIO 2018

6.   A Mulher da escuta – Quem é minha mãe? (Mc 3,31-35)
Os rostos de Maria na Escritura

“Maria é mais feliz por receber a fé de Cristo do que por conceber a carne de Cristo”. Com estas palavras Santo Agostinho oferece-nos a sugestão para interpretar este texto evangélico que suscitou, desde a antiguidade, discussões animadas e preocupações em relação a Maria e ao seu parentesco com Jesus. O texto, o único em todo o Evangelho de Marcos onde se fala da Mãe de Jesus, quer pôr em evidência alguma coisa de essencial no que diz respeito ao mistério de Cristo, o mistério da Mãe e o mistério de todos aqueles que desejam seguir a Jesus.


Jesus está a ensinar a multidão, quando, sem pré-aviso, os seus parentes vêm procurá-lo. Entre eles está presente também Maria. Que teriam pensado os presentes? Se calhar tiveram inveja dos parentes de jesus, sobretudo, de sua mãe, pelo grande privilégio de poder estar perto d’Ele! Jesus dá-se conta e serve-se da ocasião para fazer perceber a todos que não são os laços de sangue que determinam a comunhão profunda com Ele e a pertença à sua família que é a Igreja. O que é determinante é a obediência à sua Palavra, que nos introduz no reino do Pai. Pondo em prática a sua Palavra, entramos numa relação interpessoal com Jesus que tem o sabor de família, com os seus afetos, a sua solidariedade, a sua espontaneidade, intimidade e dom recíproco.
Maria é a realização mais perfeita, mais profunda e mais fecunda desta familiaridade com Jesus, em quem o Pai desejava envolver todas as suas criaturas. Aquilo que mais conta, de facto, não é conceber o Filho no seio, mas na intimidade do coração. E podemos estar certos que Maria concebeu apenas quando a Palavra escutada foi também posta em prática. O próprio Jesus compara este processo à história da semente que cai em terra boa e dá muito fruto. Como Maria conservou cada palavra e cada gesto de Jesus no seu coração e deu muito fruto para a salvação do mundo, do mesmo modo, tornam-se “terra boa” para o reino do pai aqueles que “escutam a palavra com coração bom e generosos, a conservam e, pela sua perseverança, dão frutos” (Lc 8,15). Escutar a palavra de Jesus e fazer a vontade do Pai são dois momentos de um único processo, em que Maria nos pode fazer de guia e de mestra, de modo que também nós possamos ser verdadeiros parentes de Jesus: seus irmãos, irmãs e mães.

Para rezar com a Palavra (Marcos 3,31-35):

1.      Coloco-me na presença de Deus. Imagino fazer parte da cena, no meio dos discípulos que escutam a Jesus enquanto fala do Reino do Pai. Peço a graça de compreender profundamente o tipo de relação que Jesus quer estabelecer comigo e com todos os seus discípulos.
2.      Invoco a ajuda do Espírito Santo, repetindo lentamente esta (ou outra) oração: “Vem, ó Espírito Santo, vem por Maria, e dá-nos um coração grande, aberto à tua silenciosa e potente palavra inspiradora, e fechado a toda a ambição mesquinha, um coração grande e forte para amar a todos, a todos servir, com todos sofrer, um coração grande, forte, bem-aventurado por palpitar com o coração de Deus” (Paolo VI).
3.      Leio atentamente a passagem do Evangelho de Marcos 3,31-35. Detenho-me sobre três pontos:
ü  Uma relação com sabor a família (v.31-32): a chegada inesperada dos parentes de Jesus suscita a curiosidade e a admiração da multidão. Sinto o desejo de me tornar “verdadeira parente” de Jesus? O que faço para crescer sempre mais na familiaridade com Ele? 
ü  Volvendo o olhar em redor (v. 33-34): Jesus não afasta seu olhar da multidão, Ele quer incluir a todos como sua família mais íntima e, também na multidão, ama cada um em si mesmo, um a um. Precisamente hoje Ele pousa seu olhar em mim e convida-me a entrar em maior profundidade na relação com Ele.
ü  Escutar, pôr em prática (v. 35): só quem faz a vontade do Pai, é verdadeiro parente de Jesus. Há alguns ensinamentos de Jesus que escutei muitas vezes, mas que eu não consigo pôr em prática? O que é que me impede?
5. Concluo a oração com un colóquio tu a tu com Maria: exprimo-Lhe os meus sentimentos, os meus medos, dúvidas e cansaços que sinto ao escutar a Palavra de Deus e ao pô-la em prática.
6. Pai Nosso.


Depois de ter concluído a oração, detenho-me a refletir um pouco: o que me sugeriu o Espírito na oração? Encorajou-me ou confirmou-me? Convidou-me a dar um passo em frente na minha conversão? Como penso  corresponder ao dom recebido na oração? 

Nessun commento:

Posta un commento