sabato 28 luglio 2018

PR 24 junio 2018


8.  A Mulher do Espírito – Atos 1,12-14
Os rostos de Maria na Escritura
A última notícia que os evangelhos nos dão de Maria diz respeito à cena do Calvário. Naquela trágica tarde, Maria tinha descido da colina de Jerusalém com as outras mulheres e com o discípulo que Jesus amava, depois de ter deposto o cadáver do filho no sepulcro. Dali em diante, os evangelhos calam-se sobre Ela. Não se diz nada d’Ela depois da ressurreição. Apesar disso, muitos santos e santas ao longo da história da Igreja, seguindo os evangelhos apócrifos, imaginaram que Jesus ressuscitado tenha aparecido em primeiro lugar à Mãe, em segredo, para consolar o seu coração trespassado aos pés da Cruz. Além destas reconstruções hipotéticas, a relação entre Maria e o Ressuscitado acontece sobretudo no seio da comunidade apostólica, de que Ela é Mãe como tinha querido Jesus na cruz. Da cena descrita nos Atos dos Apóstolos 1, 12-14 que tem como pano de fundo a casa e o “andar de cima” do Cenáculo, nascerá a invocação litânica destinada a maria “rainha dos apóstolos”, ou a outra, presente num hino anónimo do IV sec. De “alegria dos apóstolos”.


No pequeno quarto de nazaré, no dia da Anunciação, Maria tinha já vivido o seu Pentecostes. Ela conhecia pessoalmente e não por ter ouvido dizer, como os apóstolos que apenas tinham sentido falar de Jesus, o poder do Espírito. Ela sabia como aquele “dedo da mão de Deus” pode transformar profundamente a vida daquele ou daquela que o acolhe com plena disponibilidade. Provavelmente é por isso que Jesus fez dela a Mãe da Igreja nascente. O elemento fundamental que Lucas quer sublinhar, na narração dos Atos, é o da oração: um tema que lhe era muito querido, tanto é verdade que Maria, no seu evangelho, com a sua capacidade de conservar no coração a palavra e de esperar com paciência o seu pleno desenvolvimento, é o modelo da perfeita orante no seio da primeira assembleia eclesial. A este título, portanto, maria está presente no Cenáculo: é a sua experiência do Espírito e da oração assídua que a torna mestra dos apóstolos.

O Cenáculo, além de ser a sede do dom do Espírito Santo, da reconciliação sacramental (Gv 20,22-23) e do sacerdócio ministerial, é, sobretudo, o símbolo da eucaristia, tendo sido o lugar da última ceia. Há, portanto, uma ligação estreita entre o culto mariano e a eucaristia, de que D. Bosco era profundamente consciente, basta pensar no “sonho das duas colunas”. Mesmo que os evangelistas ignorassem a presença de Maria na última Ceia, temos o testemunho da sua presença com os Apóstolos no Cenáculo. Nesta luz, maria apresenta-nos o seu Filho na Eucaristia, sinal permanente do seu “estar connosco”.

Para rezar com a Palavra (Atos 1,12-14):
1.      Coloco-me na presença de Deus. Imagino-me a participar na cena, com Maria e com os Apóstolos no Cenáculo e peço ao Pai a graça de aprender com Maria a esperar e a acolher o dom do Espírito.
2.      Invoco a ajuda do Espírito Santo, repetindo lentamente esta (ou outra) oração:
“Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, vem ao meu coração e dá-me toda a força e a doçura do teu amor. Tu transformaste os discípulos em apóstolos, infunde em mim o mesmo ardor missionário que infundiste neles, la sua mesma capacidade de comunhão fraterna, a sua mesma docilidade ao teu espírito. Peço-te por intercessão de Maria. Amen”.
3.      Leio lentamente a passagem dos Atos 1,12-14. Detenho-me sobre três pontos:
-O cenáculo (v. 13): é o lugar onde o Ressuscitado se faz presente no dom do Espírito e na fração do pão. Para entrar lá, é necessário  “subir”. Também eu sou convidada: há alguma coisa que, na vida quotidiana, me impede de “subir” al cenáculo?
-A oração (v. 14): os apóstolos são perseverantes e unidos na oração, à espera da manifestação do Senhor. Que esperamos e pedimos na nossa oração comunitária?
-A companhia de Maria (v. 14): Maria Está sempre presente na comunidade. Procuro os sinais da sua presença na minha comunidade e renovo-Lhe a minha entrega?
5. Concluo a oração com um colóquio tu a tu com Maria: partilho com Ela a minha experiência de oração e peço-lhe que me faça participante da sua.
6. Pai Nosso.

Depois de ter concluído a oração, reflito um pouco: Que me sugeriu o Espírito na oração? Encorajou-me ou confirmou-me? Convidou-me a dar um passo em frente na minha conversão? Como penso corresponder ao dom recebido na oração?

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