lunedì 23 novembre 2015

2. Disponibilidade sem limites

«Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, nós nos confiamos a ti a fim de podermos viver totalmente disponíveis para a redenção do mundo.
O incipit do ato de entrega coloca-nos em frente o horizonte amplo da nossa missão: colaborar com Deus na redenção do mundo. Somos convidadas assim, todas as manhãs, a colocarmo-nos logo no lugar que Deus nos preparou: ao lado de Maria, aos pés da cruz. Na verdade, é aos pés da cruz que Maria se tornou nossa Mãe (Jo 19,26-27). Aos pés da cruz também o nosso seio virgem vem a ser fecundo por dom de Deus.

A cruz é o momento mais alto da missão de Jesus: é sobre a cruz que ele leva até ao fim a sua obra. Tudo aquilo que está antes – a incarnação, a pregação, as curas – é uma preparação para a cruz. O que vem depois – a ressurreição, a efusão do Espírito Santo e o nascimento da Igreja – é fruto da sua doação sem condições. Da cruz Jesus estende o abraço misericordioso do Pai a toda a humanidade, próxima ou afastada, vencendo a morte uma vez por todas e abrindo a todos a porta do Céu (cf Deus caritas est 12).
As primeiras FMA legaram-nos a lembrança do gesto com que madre Mazzarello «muitas vezes nas conferências e boas noites e até durante os próprios recreios lhes falava do amor e da Paixão de nosso Senhor, entusiasmando os seus corações a amá-lo, a fazê-lo amar, e a sofrer todas as coisas por seu amor […] Pegava no crucifixo que lhe pendia do pescoço, punha-o nas mãos, e, indicando com o dedo a figura de Jesus, dizia: “Ele aqui – depois voltando-o e indicando a Cruz – e nós aqui”. Fazia assim compreender sensivelmente que se devia viver crucificados juntamente com nosso Senhor» (Maccono II, 117). Ficar em íntima comunhão com  o Crucifixo é  caminho seguro para viver a nossa ação educativa  sem perder de vista que no coração da nossa vocação está o convite em colaborar na redenção. A mesma coisa  nos desejava Dom Bosco, quando, nas Constituições de 1885, nos convidava a ser o que devíamos ser, «isto é, esposas de Jesus Cristo Crucificado, e filhas de Maria Auxiliadora» (XVIII,1).
Serenidade do coração e fecundidade pastoral nascem, portanto, as duas de uma profunda comunhão de sentimentos e de intenções com Jesus: só sendo humildes e unidas a Ele «os pesos se tornarão mais ligeiros, o cansaço suave, os espinhos se converterão em doçura… Mas deveis vencer-vos a vós mesmas, se não tudo se torna insofrível e a maldade, como as feridas, voltarão ao nosso coração» (Cr 22,21). Este é o projeto de vida que abraçamos na nossa Profissão, com muito entusiasmo e, talvez, um pouco de inconsciência. Nem sequer Maria sabia, na casinha de Nazaré, que o seu sim a levaria ao Calvário, mas ao longo de toda a sua vida nunca se cansou de perseverar na fé, acolhendo, momento por momento, as alegrias e as dores em que era envolvida por Jesus.
Na nossa vida quotidiana, temos tantas pequenas ou grandes ocasiões de completar na nossa carne «o que falta aos sofrimentos de Cristo, a favor do seu corpo que a Igreja» (Col 1,24), e que arriscamos de desperdiçar, porque o Senhor não nos encontra prontas a acolher das suas mãos nem sequer um espinho da sua coroa. Por vezes imaginamos poder morrer mártires pela fé, mas não conseguimos acolher um imprevisto que venha perturbar os nossos planos...  

Um pequeno «exercício espiritual» para renovar concretamente a disponibilidade em colaborar na redenção do mundo: na oração da manhã ofereço ao Senhor, com o auxílio Maria, a disponibilidade em acolher com amor – sem perder a paciência, sem me revoltar – os pequenos ou grandes espinhos que ao longo do dia acontecerem. Avalio à noite este mesmo ponto fazendo o exame de consciência.

4 commenti:

  1. Muito obrigada! por este blog tão bonito! Viva Nossa Senhora Auxiliadora! Obrigada pela traducção. Unidas na oração e no amor a Nossa Mãe querida.

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    1. Carissima Idalina! Siamo contente di sentirti! Grazie per il tuo apprezzamento! Siamo unite nella preghiera a Maria, srLeslye e srLinda

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  2. Obrigada, muito lindo, hoje conheci este Blog e gostei muito. O comentário da cruz, muito simples y profundo. Valeu!

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    1. Grazie di cuore Sr. Elsa! Siamo contente che questo materiale ti sia piaciuto!

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